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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Xen completamente integrado ao Linux

A equipe Xen celebrou o toque final de seu trabalho de 4 anos, quando Linux Torvalds trouxe xen-blkback para o kernel Linux. Esse simples comando teve grandes consequências, porque significa que o Linux 3.0 terá tudo que precisa para ser executado como gerenciador de domínio e como sistema hospedado através do Xen.

Foi uma jornada que começou no evento USENIX 2006, quando IBM, VMware, Red Hat e Citrix discutiram pela primeira vez a interface paravirt-ops. Desde então, um pequeno grupo de engenheiros trabalhou incansavelmente com a comunidade Linux, integrando novos recursos no kernel a cada par de semanas, criando primeiro o suporte como sistema hospedado, e então recurso após recurso em direção ao suporte ao controle completo de domínio.

O Xen sempre usou o Linux como sistema de gerenciamento (Dom0) sobre o hypervisor, para o gerenciamento de dispositivos e controle das máquinas virtuais executando sobre o Xen. E para isso, por muito anos, um patch de kernel devia ser aplicado para transformá-lo nesse "Dom0". Essas mudanças no kernel tinham que ser mantidas em compasso com o restante do desenvolvimento, o que aumentava a carga de trabalho dos desenvolvedores.

Mas para chegar à integração completa, foram necessários quatro anos de desenvolvimento. Diferentes módulos foram aos poucos integrando o kernel, desde drivers de paravirtualização e do xenbus, a rede Xen, que já garantia a execução do Linux como um sistema hospedado (DomU).

Contudo, era necessária uma solução completa de paravirtualização dentro do kernel, ou seja, o sistema precisa estar em sincronia com o hypervisor e permitir que ele tome conta ou possua tarefas da forma mais otimizada possível. Desempenho e integração são melhores em um kernel paravirtualizado, que permite que o Xen seja executado sem qualquer tipo de suporte de tecnologia de virtualização no hardware.

Para que isso seja possível, o kernel deve estar munido de drivers de paravirtualização, que permitem que os dispositivos virtuais se comuniquem com seus equivalentes reais através do hypervisor, processos que são gerenciados de forma transparente pelo kernel Dom0.

A lenta integração desses drivers e a evolução do kernel finalmente alcançou o ponto em que o Xen está dentro do kernel e a instalação de uma solução de virtualização em um sistema Linux é não só transparente, mas também tão simples e direta como o comando "sudo apt-get install xapi"
E essa é uma ótima maneira de celebrar o Linux 3.0.

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