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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Maddog festeja aniversário do Linux

Os Vinte anos do sistema operacional livre foram tema da palestra de Jon "Maddog" Hall, em um dos últimos eventos do 12º Fórum Internacional de Software, em Porto Alegre, encerrado sábado, 2 de julho.
Um significado possível para a palavra comemorar é "lembrar junto". E foi compartilhando memórias que Jon "Maddog" Hall, diretor da Fundação Linux Internacional, pontuou o aniversário do sistema operacional que completou  duas décadas em abril de 2011. Na última palestra do fisl2011, intitulada "Happy Birthday, Linux", o homem que tem sua trajetória entrelaçada com a filosofia do software livre ilustrou a jornada do sistema operacional com fotos antigas e suas habituais definições irreverentes.
Hall começou a retrospectiva pela sua iniciação na informática, em 1969, quando trocou a engenharia elétrica pela programação. Um tempo no qual computadores "tinham capacidade de armazenamento equivalente à de um terço de um disquete e custavam o dinheiro suficiente para comprar um apartamento", comparou.
Salientando a coincidência de começar na informática no mesmo ano em que nascia Linus Torvalds, Maddog enfatizou que os primeiros ambientes operacionais não foram resposta a uma demanda formal de dotar as máquinas de melhorias que as transformariam em itens de consumo de massa. Necessidades específicas, como armazenar documentação jurídica, ou mesmo despretensiosas, como suportar jogos virtuais, para a época bastante avançados, impulsionaram o desenvolvimento de ambientes e aplicativos.
Cultura da Liberdade
Depois de animar a plateia a cantar um entusiasmado "happy birthday" ao Linux, Hall descreveu seu encontro com o finlandês Linus Torvalds. Retomou a história do estudante da Universidade de Helsinki, que decidiu desenvolver um sistema poderoso e divulgou uma mensagem de pedido de colaboração a outros programadores, posteriormente disponibilizando uma versão inicial do kernel. Corria o ano de 1991 e a iniciativa de Linus assumiria a dimensão de um dos marcos fundamentais do movimento Software Livre.
Quando sua narrativa chegou ao presente, Maddog louvou o fato de "98 % dos computadores mais rápidos do mundo serem Linux", e de "vendermos mais desktops do que a Apple", além de ressaltar o fato de o sistema livre Android estar presente em massa nos telefones móveis. "Volume é tudo", festejou, arrematando que entramos na era não só do software livre mas da "Free Culture". Para Maddog, coisas como o "open hardware" e a "creative commons" apontam um movimento que se junta ao software livre numa onda mais alta de liberdades.
Brincando de profeta

Com o tempo de fala chegando ao fim, Maddog colocou a atenção no futuro, discorrendo brevemente sobre o Projeto Cauã, que, como indica o nome em tupi, está sediado no Brasil, mais especificamente em Santa Catarina. Baseado no desenvolvimento de máquinas que propiciem inclusão digital em larga escala e com impacto ambiental muitas vezes inferior ao dos computadores atuais, o projeto prevê estrutura autossustentável e "pouca ou nenhuma ajuda de governos".
"Predizer o futuro é sempre difícil. Mas em 1994 eu declarei que os CDs seriam a mídia de distribuição de softwares, e os engenheiros riram de mim. Bem, vou me arriscar de novo", brincou Maddog, passando a apresentar telas contendo apostas no futuro, como o fim da Microsoft, o crescimento do Projeto Cauã e a paz mundial propiciada pela cultura livre.

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