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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

ARM em 64 bits

A ARM apresentou sua primeira arquitetura de microprocessador de 64 bits, o ARMv8, que deve permitir que os processadores ARM sejam usados em uma gama maior de aplicações, como servidores e equipamentos empresariais, aumentando ainda mais sua competitividade com a Intel.

A arquitetura ARMv8 acrescenta recursos de endereçamento 64 bits aos processadores ARM, um grande salto da atual arquitetura ARMv7-A, que é capaz de endereçamentos até 40 bits. Essa nova arquitetura coloca a ARM em concorrência direta com a Intel e seus processadores Xeon de 64 bits.
Contudo, processadores ARM 64 bits ainda devem demorar um pouco para chegar ao mercado. A empresa pretende lançar os primeiros desenhos para um processador ARMv8 apenas no próximo ano, com protótipos para sistemas empresariais e para o consumidor sendo previsto apenas para 2014.
"Esse é o começo de uma longa caminhada para os produtos em 64 bits", afirmou o CTO da ARM, Mike Muller, em um discurso nessa quinta-feira durante a ARM TechCon, em que a nova arquitetura foi anunciada. A empresa também garantiu que os processadores ARMv8 oferecerão compatibilidade reversa e recursos para a migração de softwares desenvolvido para as arquiteturas antigas.
A maioria dos sistemas operacionais para computadores pessoais e servidores de hoje, como o Linux, Windows e Mac OS X, são desenvolvidos para operar sobre 64 bits. Com esse recurso, os computadores podem endereçar maiores quantidades de armazenamento e memória, o que é especialmente importante para aplicativos que manipulam uma grande quantidade de dados.
A ARM licencia a arquitetura e desenhos de seus processadores para empresas fabricantes de chips para o mercado de tecnologia móvel e afins, como a Nvidia, Samsung, Qualcomm e Texas Instruments. Os processadores ARM são usados hoje na maioria dos smartphones e tablets, mas a empresa não tem virtualmente nenhuma presença nos mercados de servidores e computadores pessoais, que são dominados pela Intel e seus processadores x86.
A nova arquitetura da ARM será implementada em chips que vão de pequenos sensores à equipamentos de infraestrutura em larga escala, e trará "computação em 64 bit com baixo consumo de energia" para servidores de alto custo, afirmou a empresa.
A falta de recursos em 64 bits era considerada uma desvantagem para os esforços da ARM em entrar nos mercados de servidores e computadores pessoais, já que muitos aplicativos e produtos hoje são desenvolvidos com endereçamentos 64 bits em mente. A ARM já havia dito anteriormente que só lidaria com 64 bits quando necessário, afirmando que não sacrificaria a eficiência energética do processador para garantir um melhor desempenho.
Fonte: techworld, em inglês.

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