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terça-feira, 14 de junho de 2011

iG demite 30 profissionais no Rio e em SP

SÃO PAULO - O portal iG, controlado pela telecom Oi, comunicou hoje a seus funcionários no Rio de Janeiro e em São Paulo a demissão de 30 profissionais.
Pedro Ripper, presidente do iG: cortes buscam o equilíbrio das contas

De acordo com colaboradores do iG, o portal concentrou as demissões nas redações que produzem conteúdo para o portal, afetando prioritariamente jornalistas. Trabalhadores das áreas de marketing e negócios foram afetados, porém com menor impacto. Não há informações de cortes no setor de TI que atende ao portal.

Internamente, o presidente do iG, Pedro Ripper, justificou os cortes como necessários para equilibrar as contas da empresa. A seus funcionários, Ripper informou que as demissões deixam o iG em condições de crescer de forma sustentável, sem acumular dívidas.
Em abril de 2010, o iG concluiu uma grande reforma editorial e gráfica em seu portal, com destaque para o canal de notícias Último Segundo, na ocasião totalmente remodelado.  Além do investimento em tecnologia e design, o iG reforçou sua equipe de conteúdo contratando profissionais de renome com salários acima da média do mercado.
O então presidente do iG, Fábio Coelho, atualmente no Google, rebateu as críticas de que o iG não poderia sustentar este modelo por muito tempo. “No passado, muitas empresas criavam serviços de web sem modelo de negócios ou simplesmente para fazer um relativo sucesso e, depois, vender a operação a um terceiro. É claro que nesse cenário, qualquer mudança de humor do mercado faz você fracassar. Esse não é o caso da Oi. Estamos estruturados para sustentar essa nova operação por cinco ou dez anos, tranquilamente”, disse Coelho a INFO na época.
Sob a gestão de Ripper, os humores da Oi parecem ter mudado e, de acordo com fontes de dentro do portal, os cortes vinham sendo planejados desde a contratação do executivo, que já presidiu a Cisco. Um dos fatores de preocupação para a Oi é a possibilidade de a legislação nacional não exigir mais a contratação de um provedor de acesso para conexão em serviços de banda larga.
Atualmente, quem contrata um serviço com Oi Velox, GVT ou Speedy/Telefônica deve contratar também um provedor de acesso, o que gera grande receita para empresas como iG ou Terra, que atuam como provedores. Há muitos casos, no entanto, em que o usuário diz utilizar um “provedor gratuito” para driblar a exigência legal. Este é o caso, por exemplo, da maior parte dos clientes da NET Vírtua, que não costumam remunerar provedores.
A forte perspectiva de queda de receitas com serviços de provedor de acesso e a possibilidade da lei que protege os provedores cair até o final deste ano pressionou a Oi para tornar a operação do iG mais equilibrada, o que levou aos cortes desta terça-feira.
Além de demissões, cortes de verbas e congelamentos de projetos foram determinados por Ripper.


Fonte:INFO

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