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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Novidades do kernel Linux 2.6.39




Os ciclos de lançamento do kernel Linux são dinâmicos e curtos, novas versões da série 2.6 do sistema vem sendo anunciadas sempre em menos de 70 dias de intervalo entre uma e outra. Com a última revisão não foi diferente, na manhã de hoje Linus Torvalds, principal responsável pelo tronco de desenvolvimento do kernel, anunciou o lançamento da versão 2.6.39.
Com apenas 65 dias de desenvolvimento, o que vemos com essa redução de tempo é também uma redução nas novidades que esse kernel traz, todavia ainda houveram mudanças relevantes que resultarão em melhor desempenho e confiabilidade. Essas melhorias não demorarão a chegar para os usuários, através das diversas distribuições que existem do sistema GNU/Linux.
No campo das placas gráficas, o novo kernel traz drivers abertos para as placas ATI da família Cayman. Foram realizadas também pequenas alterações nos módulos das placas gráficas Intel, que resultaram em um menor consumo de energia e um maior desempenho. Além disso, foi integrado no kernel um driver aberto básico para o chipset GMA500 'Poulsbo' que apesar de rudimentar, põe fim à uma longa série de problemas com esse hardware na plataforma Linux. Outra novidade é o suporte à compressão Z pelo driver aberto Nouveau, que deve aumentar o desempenho das placas NVIDIA entre 10% e 30%.
No assunto de redes, houve a integração de uma série de drivers para placas Realtek e a melhora no suporte de placas de rede sem fio Broadcom e Intel. Foi também acrescido ao kernel o programa ipset, uma alternativa prática e simplificada de gerenciamento de firewall que se provou mais rápida para o sistema do que as tabelas do já veterano iptables.
A infraestrutura do kernel também mudou, a grande mudança dessa versão é a eliminação definitiva do Big Kernel Lock (BKL), um método de travamento de acesso à dados compartilhados que data do início do suporte a múltiplos processadores. Ele opera como uma trava por todo o sistema e isso tem afetado adversamente sistemas com maior número de núcleos e gerado latências indesejadas. Foram também trazidas algumas tecnologias que pertenciam exclusivamente à edição do kernel para sistemas em tempo real, que visam aumentar o desempenho geral do sistema. Também continuam os esforços em virtualização, com melhorias tanto no KVM como para a plataforma Xen.
Os sistemas de arquivos também passaram por algumas mudanças, uma nova tecnologia foi integrada ao ext4, que deve aumentar sua escalonabilidade e desempenho. Além disso algumas melhorias tem sido lentamente implementadas no sistema Btrfs, apesar dele ainda ser classificado como experimental pelos desenvolvedores. Uma nova inclusão é o Pstore, pequenas áreas de armazenamento que guardam informações úteis para diagnósticos de quebras do sistema.
Outra boa novidade é que o kernel finalmente oferecerá suporte a hubs USB 3.0, a uma série de placas de som Firewire e a botões de funções presentes em notebooks e netbooks Samsung e ASUS.
Contudo, nem tudo são boas notícias, algumas regressões nesse novo kernel, foram identificadas. Michael Larabel, do site phoronix.com, já detectou uma regressão no consumo de energia dos novos kernels, que ainda não foi corrigida nessa versão e mais recentemente também constatou a péssimo suporte do sistema ao novo hardware Sandy Bridge da Intel. Ambos os problemas devem ser resolvidos na próxima revisão.
Com essa última versão, o kernel já conta com 14.619.185 linhas de código e teve um total de 10.268 contribuições em sua árvore Git.
Fonte: h-online, em inglês

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