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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Rede livre é instalada em bairro carente de Porto Alegre através de parceria com a ASL

Depois de três dias de discussão e oficinas durante o 3º Encontro Latino-americano de Redes Livres, que aconteceu juntamente com o fisl12 (12º Fórum Internacional Software Livre), o grupo de pesquisadores de redes livres de vários países iniciou a instalação de uma Rede Livre no bairro Rubem Berta, em Porto Alegre.  A iniciativa foi possível através de uma parceria entre Associação Software Livre.Org (ASL) e o Centro Social Marista (Cesmar). Inicialmente três pessoas do grupo participariam da instalação juntamente com a criadora da nova geração de protocolos para redes livres, B.A.T.M.A.N (Better Aproach To Mobile Ad-hoc Networks), a alemã Corinna "Elektra" Aichele. No entanto, a ideia motivou os demais participantes de Argentina, Chile e Colômbia, que passaram três dias no bairro fazendo testes com antenas e hackeando equipamentos, conforme contou o coordenador do GT-Robótica do fisl, Eloir Rockenbach.
O bairro Rubem Berta é o mais populoso de Porto Alegre e foi escolhido principalmente por ser bastante carente e por ter a sede do CRC-Cesmar, o Centro de Recondicionamento de Computadores. "Vamos instalar a Rede primeiro dentro do Cesmar e depois expandir para todo o bairro", explicou Eloir.
Rede meshA Rede instalada permitirá que alunos e membros da comunidade tenham acesso remoto aos conteúdos do CRC, mas a ideia é estimular os próprios cidadãos a produzirem conteúdo para a Rede. O próximo passo será a instalação de totens de acesso à Rede em espaços públicos como padarias, cooperativas e centros comunitários. "O objetivo é levar uma rede com caráter social a lugares onde a infra-estrutura de rede convencional das telecons não chega", explicou o coordenador financeiro da ASL, Felipe Santos. A iniciativa será replicada no bairro Santa Marta, na cidade de Santa Maria também em parceria com o CRC-Cesmar. Felipe explica que a rede não terá acesso a internet, porque para isso é preciso que haja um provedor. "Nós vamos oferecer acesso a rede wireless livre, onde os próprios membros da comunidade vão definir os conteúdos", contou. Para ele, o projeto é bastante inovador por partir da ideia de cidades digitais, mas com um olhar para o bairro, para a comunidade.
As Redes Livres ou Redes Mesh funcionam geralmente baseadas em princípios das comunidades colaborativas, trabalhando com o objetivo de ter uma rede de dados construída e administrada por seus próprios usuários e aberta à comunidade. Cada rede tem suas particularidades técnicas e de gestão, de acordo com os objetivos de cada grupo. Em alguns casos, somente prestam serviços locais e trocam dados entre os nós conectados, enquanto que em outros casos, somam a esta tarefa a extensão do acesso a Internet para colocar ao alcance dos cidadãos de maneira livre e gratuita.
De todas as formas, a rede é de área metropolitana e se limita à cidade onde funciona, oferecendo uma via de comunicação alternativa, gratuita e autogestionada, que pretende democratizar o acesso a informação e promover o uso de tecnologias e softwares livres.
Em março deste ano, o balneário de Iporá, no Uruguai, foi palco das Segundas Jornadas Regionais de Redes Livres, que contou com a participação do grupo de pesquisas em redes livre da Associação Software Livre.Org (ASL). Neste encontro foi definido como base técnica o Wireless Network for Development World (wndw.net) e a Wireless Common Licence (WCL) utilizada pela rede Guifi.net como licença compatível, que permite definir e proteger legalmente as redes livres.
Fonte: Assessoria de imprensa fisl12

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