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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A garagem que virou laboratório de gadgets


Marcelo Rodrigues na Garagem, em São Paulo: espaço para novos produtos
São Paulo - Quando Fernando Gil começou a criar circuitos elétricos, seu apartamento de 45 metros quadrados ficou apertado para abrigar uma oficina. A solução para o problema veio por e-mail, quando o mestre em engenharia recebeu um convite para a inauguração do Laboratório de Garagem.

Gil enxergou nele uma boa chance para ganhar espaço para seus experimentos — e, ao mesmo tempo, acabar com a reclamação dos vizinhos pelo barulho. A casa ampla em São Paulo, que abriga essa mistura de hub com oficina, era o que Gil precisava para acabar o Prisma, um leitor de cores e dinheiro para deficientes visuais. “Foi lá que conheci pessoas que me ajudaram a transformar o leitor em um produto mais bem-acabado”, diz Gil.


Com pouco mais de um ano, o Laboratório de Garagem é um espaço gratuito onde aspirantes a Steve Wozniak, o lendário cofundador da Apple, podem colocar suas ideias em prática. Criado em julho de 2010 pelo engenheiro elétrico Marcelo Rodrigues, ele surgiu com a vocação de ser uma rede social para reunir gente que, como ele, gostava de inventar engenhocas na garagem de casa.

Em pouco tempo, mais de mil pessoas se cadastraram no serviço e começaram a trocar informações. Um dos usuários sugeriu que seria legal ter um espaço físico para debater as invenções. “Juntei meu dinheiro, aluguei a casa e trouxe minhas tralhas para cá”, diz Rodrigues.

Hoje, 30 garagistas, como gostam de ser chamados os freqüentadores do Laboratório de Garagem, usam o espaço pelo menos uma vez por semana. Eles têm idade entre 15 e 75 anos e desenvolvem produtos em diferentes áreas. Alguns são inusitados, como a cafeteira que tuíta toda vez que o café fica pronto.

Em meio a tantas ideias, algumas chamam atenção. É o caso de uma impressora 3D que está sendo desenvolvida com tecnologia brasileira. “Uma impressora como essa custa mais de 5 mil reais, mas no Brasil pode ser vendida por menos da metade”, diz Rodrigues. “Queremos mostrar que a tecnologia pode ser simples e barata.”

Fonte:Info

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