Ads 468x60px

terça-feira, 8 de novembro de 2011

GNOME 3 sem drivers 3D

Adam Jackson, um desenvolvedor da Red Hat que trabalha principalmente no código da distribuição Fedora e do servidor X.org, realizou mudanças em uma série de componentes na árvores de desenvolvimento do Fedora que vai permitir que o GNOME Shell, que depende de bons recursos gráficos para seus efeitos, poderá ser executado em sistemas com drivers e placas gráficas que não possuem suporte 3D. Isso significa que no Fedora 17, programado para ser lançado em Maio do ano que vem, o centro de controle para a terceira geração do GNOME poderá ser executado em máquinas virtuais ou com drivers gráficos VESA.

Isso foi possível graças ao driver llvmpipe, parte do desenvolvimento do Mesa 3D, que encarrega a CPU da máquina a realizar os cálculos que drivers gráficos convencionais atribuiam a GPU. Para aplicativos que dependem fundamentalmente de gráficos 3D, como jogos, esses cálculos são lentos demais, mesmo depois de distribuídos por várias threads e usando conjuntos de extensão de instrução de CPUs, como o SSE2.

Contudo, a demanda dos efeitos do GNOME 3 é bem mais branda. Em muitos computadores e em sistemas virtualizados usado o KVM, o desempenho do llvmpipe é adequado para que o GNOME Shell funcione bem e de forma fluida, o que deve melhorar após a otimização que Jackson pretende realizar em todas as tecnologias envolvidas (kernel, Mesa 3D, X.org e GNOME).

Uma página ainda incompleta que lista os novos recursos pretendidos no Fedora 17 já fornece algumas informações e detalhes sobre essa solução. Esse recurso do sistema pode vir até mesmo a substituir o modo "fallback", mais próximo do GNOME 2, que a nova versão do ambiente de trabalho chama quando o driver gráfico não é capaz de fornecer as funções de aceleração necessárias. Porém, ainda nada disso foi decidido pelos desenvolvedores. O conceito pode ser transplantado para outros ambientes de trabalho que dependem de recursos de aceleração 3D, contudo a equipe de desenvolvimento do Fedora não deu detalhes sobre como isso seria possível. Jackson ressalta que o código ainda está em uma fase inicial de desenvolvimento e deve estar repleto de falhas e problemas.
Fonte: h-online

0 comentários: