De acordo com uma pesquisa feita pela consultoria Prolexic e encomendada pelo tablóide norte-americano USA Today,
os ataques de negação de serviço (DDoS) – como os feitos pelos
grupos Anonymous e LulzSec – cresceram nada menos que 70% nos primeiros
meses de 2012, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Os pesquisadores descobriram que grande parte dos ataques foram
bancados pelos próprios governos e realizados por hackers contratados
por eles, muito embora a presença constante dos grupos hacktivistas na
mídia sugira o contrário. Muitas das invasões foram patrocinadas por
países centralizados como Mianmar, China, Coréia do Norte e Rússia, que
estariam usando os ataques de negação de serviço para abafar discussões
sobre democracia e direitos humanos.
Essa tendência teria se intensificado depois que plataformas de
comunicação via internet se tornaram protagonistas dos levantes no
Oriente Médio, nas revoluções que culminariam na Primavera Árabe. Nações
ditatoriais teriam reforçado sua área de cibersegurança para evitar que
seus cidadãos se engajassem em revoltas semelhantes.
Os ataques DDoS se caracterizam pela criação artificial de um número
elevado de solicitações simultâneas a um servidor, que acaba por
torná-lo indisponível. Com o surgimento e a posterior popularização do
Anonymous, esse tipo de ataque se tornou comum em sites ligados a
governos ou a empresas de atuação duvidosa.
Gente importante da área de tecnologia – como o criador do GNU/Linux e
ativista do software livre Richard Stallman – já defende a organização
de ataques DDoS como uma forma de protesto legítima para a era da
internet.
Em um estudo da companhia de segurança Bit 9, divulgado em abril
deste ano, 61% das 2000 companhias ouvidas se disseram bastante
preocupadas com a possibilidade de que seus sites se tornassem alvos de
ataque de negação de serviço.
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